Governo dá prioridade aos alunos do 12.º ano no regresso às aulas

Retorno do 10.º e 11.º às escolas será avaliado pela evolução da pandemia. Estudantes do Ensino Básico vão manter ensino à distância até final do ano.
É a "semana D" da Educação: o primeiro-ministro prometeu anunciar quinta-feira a decisão sobre o final do ano letivo, provas de aferição e exames nacionais. Até lá, António Costa e Tiago Brandão Rodrigues vão ouvir parceiros, partidos e peritos da Direção-Geral da Saúde.
O setor pode assim ser o primeiro a anunciar regras para um cenário pós-estado de emergência. O JN apurou que o que está em cima da mesa - e deverá ser transmitido hoje aos presidentes dos conselhos Nacional de Educação e das Escolas na reunião com o ministro - é a prioridade ao 12.º ano no regresso às aulas, preferencialmente a 4 de maio, devido ao acesso ao Ensino Superior.

Mas tudo depende da evolução epidemiológica da pandemia. O retorno dos 10.º e 11.º anos também é uma possibilidade em análise. Certo é que os alunos do Básico não vão voltar a ter aulas presenciais este ano letivo.
Os diretores alertam que, num retorno faseado às aulas a começar pelos alunos do Secundário, as turmas devem ser divididas e isso pode implicar o reforço dos professores. O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) queixava-se ontem por as escolas estarem a preparar o 3.º período sem informação.
"Dia 9, há tolerância de ponto, tal como dia 13. Significa que o primeiro dia útil após o anúncio seria o primeiro de aulas", lamenta. Por saber está a manutenção do ensino à distância, a inclusão da programação da telescola nas aulas do Básico, a realização das provas de aferição, exames do 9.º e do Secundário, quem regressa às escolas e quando.