Governo preparado para manter estado de emergência até 17 de maio

Incerteza na evolução da pandemia adia "regresso à normalidade", com escolas fechadas pelo menos até ao início de maio e manutenção das normas de isolamento social a agravarem crise económca.
O primeiro-ministro, António Costa, admitiu aos líderes dos partidos políticos com representação parlamentar, durante as reuniões que fez nesta quarta-feira, a possibilidade de o estado de emergência vir a ser renovado mais duas vezes, o que colocaria os portugueses sob medidas de contenção da pandemia de Covid-19 até 17 de maio, com fortes repercussões na economia nacional. Mais do que isso, no entanto, não é visto como sendo exequível pelo Governo.

As palavras de António Costa, que passou o dia inteiro em reuniões com a oposição, vieram no mesmo sentido das declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no final da terceira sessão de apresentação da "Situação Epidemiológica de Covid-19 em Portugal", realizada na véspera. "Se queremos ganhar a liberdade em maio, no sentido do regresso progressivo à normalidade, há que ganhar em abril o mês de maio, mantendo o esforço", disse o Chefe de Estado, adiantando que não haveria condições para a reabertura das escolas em abril, como será confirmado nesta quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros.