“O próximo inverno vai ser ainda de coronavírus”, alerta António Costa

O regresso da atividade económica e as medidas de contenção têm comum configurarem um futuro próximo bem diferente daquilo que conhecemos até à pandemia da covid-19.
No final da reunião com o setor do comércio, na manhã desta quinta-feira, em São Bento, o primeiro ministro, António Costa reforçou que "temos de manter o maior grau de isolamento. Cada vez que ganhamos na contenção, estamos a ganhar na liberdade futura".
Sublinhando que "a normalidade pré covid-19 não existira até termos vacina", Costa assegurou que o Governo vai avaliando com todos os setores e definindo como vai aliviar as medidas de contenção, estabelecendo as necessárias medidas de segurança que têm de ser validadas pela Direção Geral de Saúde.
As normas de libertação do confinamento serão reveladas de 15 em 15 dias (portanto, a 4 e 18 de maio, e a 1 de junho), sendo que as primeiras medidas, e setores abrangidos, serão anunciadas a 30 de abril.
Considerando que "cada vez que nos libertamos aumentamos o risco", António Costa reforçou que temos de ir devagar para evitar surpresas, sendo que, garantidamente, "o próximo inverno vai ser ainda de coronavírus", para o qual o Serviço Nacional de Saúde tem de estar à altura, como considera que tem estado, mas também com um mercado que responda com, abundância, à necessidade de usar o material de proteção individual, das máscaras ao gel desinfetante.
A libertação do confinamento não se aplica a todos os setores de atividade, sendo que as atenções estão também concentradas na capacidade de resposta dos transportes públicas e o seu protocolo de higienização e segurança.

Subiu para 22.797 o número total de pessoas infectadas por COVID-19 em Portugal. Trata-se de um aumento de 444 casos nas últimas 24 horas, segundo adianta o boletim epidemiológico divulgado esta manhã pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). O número de vítimas mortais subiu de 820 ontem para 854 hoje, o que significa que existem mais 34 óbitos a assinalar em território nacional.
Verifica-se também um aumento de 27 casos de pessoas recuperadas em Portugal. Ao todo, são já 1.228 as pessoas que recuperaram da doença. De acordo com a DGS, 4.377 pessoas aguardam os resultados laboratoriais e há 29.621 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde