Preço da luz baixa 3% no mercado regulado. No liberalizado os descontos ainda são poucos

07-04-2020

No mercado liberalizado, há que esperar que os comercializadores resolvam beneficiar os consumidores, por adquirirem a eletricidade a um preço mais baixo no mercado grossista", critica a Deco.

Tempos extraordinários exigem medidas extraordinárias. Foi por isso que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) decidiu avançar com uma rara revisão extraordinária da tarifa de energia aplicável ao mercado regulado. No espaço de 20 anos de existência do regulador, este mecanismo de revisão trimestral dos preços (seja ela para cima, ou para baixo) apenas foi usado meia dúzia de vezes.

A partir desta terça-feira, 7 de abril, cerca de 1,02 milhões de famílias que no final de fevereiro de 2020 ainda permaneciam no mercado regulado, abastecidas pelo comercializador de último recurso (SU Eletricidade, antiga EDP Serviço Universal) por aplicação das tarifas transitórias, vão ter um desconto de 3% na fatura da luz. Isto "graças" à pandemia de Covid-19, que está a afundar os preços da eletricidade nos mercados grossistas.

De acordo com o dados mais recente das APREN, em março registou-se uma redução no preço da eletricidade de 32% face ao início do ano, com preços mínimos registados a 31 de março (10,7 €/MWh). No acumulado do primeiro trimestre do ano foi registado um preço médio horário no Mercado Ibérico de Eletricidade (Mibel) em Portugal de 34,9 €/MWh (menos 37% face ao período homólogo). Em março registou-se um preço médio de 27,9 €/MWh.


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